Só para te falar,
Penso que o desprezo é a melhor vingança.
Um doce, mistura de pudim de leite com quindim, para quem despreza.
Já pra quem é desprezado é amargo como um arenque e travoso como umbu verde, difícil de engolir, merecido.
Mas deixando de lado o ser digno de desprezo.
Veja:
A raiva.
A raiva.
O alvo da vingança é você e o emissor tá se torcendo de raiva. Quem vai encher a cara todo dia? Quem vai perder os cabelos? De quem é a maior probabilidade de ter um enfarto? O raivoso horas!
A violência
Essa é mais viril, física, nessa o foco pode se “lascar”, um dente quebrado, braço ralado, olho roxo, mas ponha a lupa no vingativo, além de existir a possibilidade dele ganhar uma surra, o sujeito fica mal visto, rotulado de bronco, maligno, “apelão”.
Essa é mais viril, física, nessa o foco pode se “lascar”, um dente quebrado, braço ralado, olho roxo, mas ponha a lupa no vingativo, além de existir a possibilidade dele ganhar uma surra, o sujeito fica mal visto, rotulado de bronco, maligno, “apelão”.
A tramoia
Essa até parece mais inteligente, criativa, maquiavélica, a vingativa cria uma maledicência da colega profissional, bonita e inteligente, a queridinha da empresa. A vítima, bem, é vítima, logo a “boca aberta” fica com fama de fofoqueira, e promoção... nunca mais. A "ex" espalha pra todo mundo que ele era ruim de cama, que tinha manias estranhas como depilar o pé, que usa Gressim 2000, será verdade?
Essa até parece mais inteligente, criativa, maquiavélica, a vingativa cria uma maledicência da colega profissional, bonita e inteligente, a queridinha da empresa. A vítima, bem, é vítima, logo a “boca aberta” fica com fama de fofoqueira, e promoção... nunca mais. A "ex" espalha pra todo mundo que ele era ruim de cama, que tinha manias estranhas como depilar o pé, que usa Gressim 2000, será verdade?
Pronto está criada a dúvida que é prima-irmã da curiosidade, logo todas as solteiras da turma estarão o convidando o “maledeto” para um chopps.
O desprezo
É a melhor vingança, é mais racional e ao mesmo tempo visceral. O desprezado é, na verdade, a estrela desta tragicomédia. Não entende o que está acontecendo, fica horas, dias, meses procurando o porquê, chama uma milhão de culpas para si, fica com raiva da vingativa e no momento seguinte justifica para si as razões dela fazer isso. A cada minuto muda de feição, pensativo, apreensivo, cara de choro, cara de buldogue com fome, se coça, fica com frio, calor, soca a parede, arruma o cabelo a cada trinta segundos, um desespero só.
É a melhor vingança, é mais racional e ao mesmo tempo visceral. O desprezado é, na verdade, a estrela desta tragicomédia. Não entende o que está acontecendo, fica horas, dias, meses procurando o porquê, chama uma milhão de culpas para si, fica com raiva da vingativa e no momento seguinte justifica para si as razões dela fazer isso. A cada minuto muda de feição, pensativo, apreensivo, cara de choro, cara de buldogue com fome, se coça, fica com frio, calor, soca a parede, arruma o cabelo a cada trinta segundos, um desespero só.
Mas tem um lado ótimo em ser desprezado, como lido acima o desprezado é muito versátil.
Se um dia alguém quiser se vingar de mim, quero ser desprezado, quero esse picadeiro só para mim. Quase ninguém percebe quando outro está sendo desprezado, o vingativo não fala nada, pois está desprezando, o desprezado está lá no pino central, no palco, com seu monólogo “dionísico”.
Mas e se o desprezado não merecer?
Deixa de ser tolo, seja esperto, aproveita a ribalta.
É isso, o desprezo é bom pra todo mundo, ele está no alto do pódio das vinganças.
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