Quem puxa aos seus não degenera..

Só para te falar...

Final de semana em familia, por mais trivial que isso seja para a maior parte de meus amigos, para mim já faz alguns anos que deixou a fazer parte de meus sábados e domingos, hoje eles moram no menor estado da União, Sergipe, mais ou menos uns 2352 km de minha casa.
Bem, hoje estou aqui, já me preenchi de sururu, bobó de camarão, pimenta, picolé de mangaba, e estou esperando o incrível carneiro da dona Genilsa, estou até apreensivo.
Mas o estômago não é o órgão mais feliz com esta visita, meu ouvidos estão contentes com o excesso de informação que só o convívio com meus pais e irmãos, sobrinhos e cunhada conseguem, ops tem o Fúdézio, meu dorshmund, que hoje mora também mais próximo do Equador, é muito barulho, é impossivel terminar um assunto sem ser convocado por outro, entender o Luciano Hulk na tv, impensável...

A bagunça de pessoas espalhadas por toda a casa, câmeras aqui seriam bem mais legal e engraçadas que os belos e vazios corpos dos BBBs.
As boas e bobas novidades que me falam, como a família de sagüis que vem visitar eles todos os dias as 10 da manhã e as 05 da tarde, tem também os problemas de saúde, a casa nova que faz a felicidade de minha mãe, os móveis que em nada combinam,
Um caixa de pandora de situações que neste momento me colocam um nó na garganta, agora o cão não para de latir devido provocações de minha irmã, agora minha cunhada manda o Arthur me mostrar os brinqueidos de madeira que o alegram tanto quanto os brinquedos cheio de tecnologia de sampa, antes de conseguir ver isso minha sobrinha de apenas 10 anos mas maior que uma menina de 14 pula na mãe e lambe seu olho, brincadeira incentivada por mim e meu irmão desde os seus primeiros meses, o chuveiro queimou e minha mãe reclama, mesmo estando 31graus a sombra, ahhhhh que delicia de bagunça, não tenho tempo para me concentrar em nada e nem quero.
Adoro isso, relembro de um menino de cabelo crespo e enorme, magrelo, baixinho, que adorava correr, ler, jogar video game, acho que vi ele sentado agora à pouco no canto da sala, olhando para mim e perguntando: "Se lembra de mim?"
Deixa eu ir, meu sobrinho precisa me mostrar o peão de madeira que ganhou e o cachorro tá tentando comer a tomada.